29 de mar. de 2011

Entrevistas da Dra Marta Rocha...

No JÔ SOARES dia 28/03/2003

Parte 1
Parte 2

 



EXTRA-GLOBO: Em entrevista, Martha Rocha afirma que a Polícia Civil precisa investir mais em tecnologia

        RIO - A chefe da Polícia Civil do Rio, delegada Martha Rocha, disse em entrevista ao apresentador Jô Soares, em seu programa na TV Globo, na madrugada desta terça-feira, que a instituição precisa investir cada vez mais em tecnologia. Segundo Martha Rocha, a polícia precisa acompanhar a tecnologia e adotar armas não letais em maior escala.
        A delegada elogiou ainda a criação da Sala de Tomada de Decisões, inaugurada na última sexta-feira, onde o policial vivencia 30 cenários diferentes do cotidiano e o uso de armas não letais. Ela explicou que a Sala de Tomada de Decisões é usada com preparatório para que o policial saiba a hora de usar a arma ou não:

- Esse estande foi um investimento da Secretaria de Segurança em uma tecnologia importada. Temos 30 cenários diferentes em um ambiente fechado que reproduzem cenas do dia a dia, em todos os sentidos, como a abordagem e revista no carro. É um preparatório para usar a arma e praticar o tiro.
Martha Rocha também contou que, além de preparar o policial civil com tecnologia e aperfeiçoamento, o objetivo da instituição é recuperar os valores, para que assim busquem a eficiência, sem se esquecer da ética.
- O policial é a representação do estado para a sociedade. Ele precisa buscar o conhecimento jurídico, técnico e a ética - contou a delegada.
        Quando o apresentador perguntou se a baixa remuneração podia ser um dos motivos para a corrupção policial, Martha Rocha respondeu:
- Remuneração é algo que tem que ser buscado sempre. O policial precisa ser bem pago por causa do risco que sofre. Mas não pode a baixa remuneração ser motivo para o desfio de comportamento.
        E completou dizendo que quem se corrompe não é visto como policial por ela, e que o bom policial não tem medo da corregedoria. Na entrevista, ela pediu que qualquer cidadão que souber de algum desvio de conduta de um policial civil ligue para o Disque-Denúncia, a ouvidoria de polícia ou a sua sala na chefia de polícia (2334-9915).
- A pessoa que faz essa opção está na instituição errada. Eu acredito que na instituição existem pessoas valorosas. Me recuso a chamar essas pessoas de policiais, de companheiros de profissão. O bom policial não tem medo da corregedoria. Eu valorizei a corregedoria e a fortaleci. Temos que ser pró-ativos e cortar na carne - disse.
        A delegada também comentou sobre as investigações de homicídios no Rio de Janeiro. Martha Rocha elogiou a atuação da Divisão de Homicídios, e revelou que desde que a unidade foi criada a quantidade de casos solucionados aumentou 20%.
- Hoje a Divisão de Homicídios chega ao local do crime com a polícia, papiloscopista e todo o aparato do IML, e tem tido bons resultados no desvendamento dos crimes - alegou Martha.
A entrevista foi concluída com uma intimidade. Martha Rocha revelou que sempre que chega a uma cena de crime que tem um morto ela reza pela vítima. Devota de Nossa Senhora, a quem chamou de vanguardista, a delegada contou que não se permite sair da cena sem rezar uma Ave Maria.


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